sábado, 14 de janeiro de 2012

Fases do parto

Seu corpo dará alguns sinais de que está entrando em trabalho de parto. Eles podem acorrer um logo atrás do outro ou bem espaçados. Alguns nem podem acontecer...
Perda do tampão mucoso: Esta massa de muco fica perto do orifício do colo do útero, protegendo-o de infecções, se assemelha a clara de ovo. Pode ser liberado algumas horas antes do parto, ou alguns dias. É o primeiro sinal de que o trabalho de parto esta começando.
Rompimento da bolsa: A bolsa pode se romper antes do inicio do trabalho de parto ou depois deste já ter iniciado. Depois da bolsa rompida o parto tem um prazo de até 24hrs para se iniciar. A bolsa pode romper de forma brusca, como um jorro grande de água com cheiro de água sanitária, ou pode romper devagar gerando um gotejamento constante. O líquido deve estar claro, se estiver esverdeado pode ser um sinal de sofrimento fetal, o médico deve ser avisado e a mulher deve ir para a maternidade.
Início do trabalho de parto: Se caracteriza pela presença de contrações ritmadas, presentes há mais de uma hora com intervalos regulares de no mínimo 3 contrações a cada 10 minutos. Muitas vezes a mulher pode passar alguns dias com contrações que entram e saem do ritmo.

Primeiro estágio do trabalho de parto

Neste estágio é quando ocorrem o maior número de contrações e a dilatação do colo uterino. Esta fase pode durar horas ou dias. É a fase mais longa e difícil do trabalho de parto. Este estágio é dividido em 3 fases:

Fase latente
É a fase mais longa do trabalho de parto. Nesta fase as contrações estão ritmadas, mas ainda não muito próximas nem muito longas, normalmente ocorrem a cada 10 minutos e duram de 30 a 45 segundos. Para muitas mulheres esta é uma fase bem confortável.

Fase ativa
Esta fase se inicia quando as contrações começam a ficar mais intensas e frequentes. Elas agoram duram mais e com intervalos menores, de 3 a 5 minutos com duração de até 60 segundos. Esta é a fase em que a mulher se conecta totalmente com o processo do nascimento e se entrega ao trabalho de parto e pode precisar de ajudar para relaxar e aliviar a dor.

Fase de transição
Esta é a fase mais difícil, mas também a mais curta do primeiro estágio do trabalho de parto. As contrações são bem fortes e duram mais tempo, geralmente 90 a 120 segundos com intervalos iguais. Nesta fase ocorre a finalização da dilatação do colo uterino e pode durar de 30 minutos a 2 horas.

Segundo estágio do trabalho de parto

Nesta fase a dilatação já esta completa e se inicia o período expulsivo. As contrações ficam mais suportáveis nesta fase, a mulher sente mais energia e surge uma necessidade involuntária de fazer força. Este estágio pode durar alguns minutos ou algumas horas, terminando com o nascimento do bebê.

Terceiro estágio

Esta fase se inicia após o nascimento de bebê, terminando com a expulsão da placenta. As contrações são fáceis de lidar. Normalmente esta fase dura menos que uma hora. Amamentar o bebê pode ajudar neste processo.

Posições para o trabalho de parto

A posição deitada durante o trabalho de parto e parto só apresenta desvantagens para a mulher e o bebê. Nesta posição há compressão da veia cava inferior, diminuindo a circulação sanguinea para o útero e para o bebê, pode levar a hipertensão, gera um estreitamento no canal de parto, vai contra a gravidade (o que dificulta a descida o bebê e requisita mais força da mãe), gera uma ineficiência da prensa abdominal, gera lesões mais graves no assoalho pélvico e atrasa o trabalho de parto tornando-o mais difícil e dolorido.
O artigo 17 da organização Mundial de Saúde contém as seguintes recomendações: “a parturiente não deve ser colocada em posição de litotomia (posição ginecológica ou decúbito dorsal) durante as contrações e no decorrer do parto. Precisa-se animá-la a caminhar durante as contrações e toda mulher deve ter a liberdade de decidir a posição que deseja assumir”.
As posições verticais durante o trabalho de parto contribuem positivamente para a evolução deste e ajudam a transformá-lo numa vivência positiva. As posições verticais fazem com que o canal de parto se dilate, proporcionam a mobilidade da pelve, a posição da pelve e da coluna lombar colocam o canal de parto quase em linha reta facilitando a passagem do bebe, colocam a gravidade a favor do parto, as contrações ficam mais eficazes, o aproveitamento das contrações melhora quando a mulher se movimenta ou muda de posição de acordo com suas necessidades, reduzem a percepção da dor, favorecem a dilatação do colo uterino. Ainda diminuem a duração do trabalho de parto, a prensa abdominal é mais eficaz e com pouco esforço muscular, melhoram o alongamento e relaxamento da musculatura do assoalho pélvico, diminuem os riscos de ruptura do períneo, a mulher se mantém ativa e no controle de seu corpo, favorecem a respiração, melhoram a circulação materna e fetal, melhoram a freqüência cardíaca do bebê, melhoram o índice de apgar, favorecem a produção de hormônios, reduzem a necessidade de anestesia e ocitocina e favorecem o elo emocional entre mãe e bebê. Assim escolha a posição na qual se sentir bem, escute o seu corpo e se permita conectar com ele. Caminhe, movimente a pelve, respire, busque posições que se sinta bem e confie no seu instinto, seu corpo sabe o que precisa fazer, basta se conectar com ele.

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